Copasa debate universalização, inovação e mudanças climáticas em Congresso da ABES
O presidente da Copasa, Guilherme Duarte de Faria, participou do painel inaugural do 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES), que aconteceu nesta segunda-feira (22) no Expominas, em Belo Horizonte. O evento é o maior congresso sobre o tema do país e será realizado na capital mineira até o dia 24 de maio.
Ao lado do secretário Nacional de Saneamento, Leonardo Picciani, da secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais, Marília Mello, da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, e do sócio-diretor do Centro de Referência em ETEs Sustentáveis, Carlos Augusto Chernicharo, debateu-se os desafios de universalização do acesso a água e esgoto tratados trazidos pelo Novo Marco Regulatório do Saneamento e a importância da sustentabilidade nesse processo. O debate foi mediado pelo presidente nacional da Abes, Alceu Guerios Bittencourt.
Guilherme Duarte iniciou sua fala refletindo sobre sustentabilidade socioambiental na discussão sobre universalização. "Isso se impõe como um desafio para os operadores que, nesse sentido, não apenas com o advento do novo Marco, mas a sociedade brasileira amadureceu enquanto sociedade reconhecendo seus direitos e deveres e passou a cobrar mais, inclusive de nós, operadores. Antes, há algumas décadas, uma situação cômoda de um monopólio de fato colocado a elas, hoje ainda que em um ambiente competitivo e salutar, quando contratadas se tratavam de monopólios naturais e não podemos nos acomodar nessa situação porque precisamos obter junto à população a licença social para operar. E a licença social para operar vai ser obtida com avanço, investimentos para que se alcance as metas e com a qualidade da nossa prestação de serviço. E é muito difícil construir a imagem da companhia perante um município onde a companhia trabalha, mas é muito fácil destruir essa imagem diante de um deslize, seja de ordem ambiental ou social", disse.
Ele destacou ainda os desafios do setor produtivo para responder às demandas da Copasa e outras concessionárias que têm ampliado significativamente seus investimentos para o atingimento das metas do novo Marco Legal. "O setor produtivo tem que caminhar em paralelo conosco, se não a própria universalização pode ficar comprometida pela falta de insumos ou pela falta de serviço de qualidade que a gente demanda pois o nível não pode cair", concluiu.
Já a secretária de Meio Ambiente de Minas, Marília Mello, afirmou que a prioridade do governo do Estado em termos de saneamento é garantir o acesso à água e esgoto a todos os mineiros. "Nosso grande desafio primeiro é acelerar os investimentos para que a gente possa dar cobertura necessária à população. Obviamente que a gente trata muito água e esgoto porque são as necessidades básicas mais prementes da nossa população" disse, mencionando que em termos de população total, Minas Gerais tem 82% de sua população atendida com água tratada, de modo que 18% ainda não tem acesso. "Esse percentual abaixa dessa forma por um déficit histórico que nós temos que são nossas áreas rurais, onde precisamos ter uma atenção especial quando a gente fala de universalização", disse.
Marília também citou os dados de monitoramento da qualidade da água em Minas, que constantemente violam os parâmetros definidos por lei por conta da presença da bactéria Escherichia coli, presente no intestino de pessoas e animais e que apontam para a falta de coleta e tratamento de esgoto. "Isso nos traz o grande desafio de acelerar os investimentos em coleta e tratamento de esgoto", disse.
Painéis
Além do painel inaugural, a Copasa também participou de outros três debates no primeiro dia do Congresso da Abes: 1 - Ações de PDI no setor de saneamento (Eixo: Desenvolvimento operacional e Inovação nas empresas de saneamento); 2- Desafio da Gestão de Gases de Efeito Estufa - GEE no Saneamento, (Eixo: Recursos Hídricos e Meio Ambiente) e 3- Processos de Contratação de Inovação no setor de Saneamento (Eixo: Desenvolvimento Operacional e Inovação nas Empresas de Saneamento).
No primeiro caso, a Copasa foi representada pela diretora de Desenvolvimento Tecnológico, Meio Ambiente e Empreendimentos da Copasa, Márcia Fragoso Soares, que apresentou a agenda ESG da Copasa e os principais programas de inovação da Companhia.
Já no painel Desafio da Gestão de Gases de Efeito Estufa, a Copasa foi representada pelo analista Ambiental da Unidade de Controle Ambiental da Companhia, Cassius Nonato de Sousa Freire, com mediação do superintendente da Copasa e diretor Sudeste da Abes, Nelson Cunha Guimarães.
Por fim, a gerente da Unidade de Serviços de Desenvolvimento Tecnológico da Copasa, Karoline Tenório da Costa, participou do debate sobre “Processos de Contratação de Inovação no setor de Saneamento” e apresentou o programa Inova e o trabalho realizado junto ao departamento jurídico para destravar investimentos e reduzir as travas burocráticas para a contratação de soluções inovadoras e tecnologias novas para os problemas da Companhia.
Veja mais notícias sobre o Congresso da ABES:
22/05/2023 - Estudo apresenta impactos econômicos de investimentos em Saneamento Básico no Estado
22/05/2023 -Vice-governador e presidente da Copasa participam de abertura do Congresso da Abes em BH